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Sex, 27 de Novembro de 2009 08:54

Novo investidor reaquece o mercado pós-crise

Por Ágatha Morigi, Felipe Costa e Rodolfo Conceição

Classe média, sexo masculino, solteiro,  entre 18 e 25 anos e com boa escolaridade. Esse é o perfil do novo investidor que entra no mercado de ações. Com a irregularidade das bolsas de valores do mundo todo,  surgiu um investidor arrojado e cada vez mais jovem.  “O home-broker será o video-game da garotada no futuro”, brinca Renan Schaefer, 21, operador de bolsa de valores e exemplo de novo investidor, ao citar o programa da bolsa que conecta o investidor ao pregão através de seu computador pessoal. 

Segundo Schaefer, o número de novos clientes de sua corretora sofreu uma oscilação devido à baixa da economia mundial, porém já voltou a ser o que era em 2008. O Brasil é considerado o primeiro país a se recuperar e a receber o ‘grau de investimento pós-crise’, e a persistência de quem entrou no ano passado e não vendeu suas ações durante a queda foi essencial para o panorama atual do mercado de valores. “Tem-se a idéia de que a maioria que começou ano passado já largou o pregão, mas mesmo com o anúncio de crise e as primeiras grandes quedas do mercado, os jovens continuaram a investir”, afirma o operador.

Na maioria das vezes, os investidores que acabam de entrar no mercado de trabalho não têm renda disponível para aplicação e compõem a característica de jovem da classe média – com boa escolaridade e utilizador do dinheiro dos pais. O fato de o perfil do novo investidor ser do sexo masculino é devido a pouca procura de mulheres por cursos que ensinem sobre o mercado de valores e ao baixo número de investidoras. “As mulheres, em sua maioria, não são arrojadas e se demonstram inseguras. Porém, apresentam uma vantagem em relação aos homens: realizam prejuízos menores”, afirma Arthur Severo, 22, operador que prevê crescimento no número de investidoras.      

Severo, que começou a investir aos 17 anos e com 19 já operava pela mesma corretora onde trabalha até hoje, diz que o mais importante para quem quer começar é a própria iniciativa. Ele analisa que quem investe em renda variável tende a buscar bastante informação sobre o assunto, uma vez que o investimento em ações é mais arriscado que a renda fixa, e ainda cita a regra do 100: “Tem uma regra famosa para quem começa a investir, que consiste em pegar o número 100 e subtrair a idade do investidor. O resultado é o percentual da renda que a pessoa pode investir em renda variável”.

Grau de investimento

Quando um país tem boas condições para pagar os títulos de longo prazo lançados no mercado internacional, recebe o grau de investimento como uma espécie de ‘selo de bom pagador’. O grau de investimento aquece o mercado de valores, pois indica que o risco de ‘calote’ em determinado país é pequeno, já que o país tem capacidade de quitar suas dívidas recentes e está com a economia organizada.

A recente elevação do ‘rating’ do Brasil comprova a consistência da recuperação da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo (Bovespa) neste ano, e atrai os novos investidores empolgados pela alta. Para Arthur Severo, toda hora é hora de investir, visto que também há a possibilidade de lucrar com o pregão em baixa, caso se tenha conhecimento do funcionamento do mercado.

Simuladores

A BM&FBOVESPA desenvolveu alguns simuladores para ajudar os investidores e os demais interessados a entenderem, na prática, como funciona o mercado de ações, derivativos e títulos públicos. Os simulados possibilitam aos iniciantes realizar diversas operações, aplicando os conceitos básicos do mercado e mostrando como é o dia-a-dia de uma Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros.
Visite sites de simuladores:  http://simulador.bmf.com.br    http://simuladortesourodireto.cblc.com.br

 

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