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 Coleta de recicláveis aumenta na capital catarinense

 
Por Ana Carla de Brito e André Vitorino

Cerca de 600 toneladas de materiais recicláveis secos (plástico, vidro, papel e metal) são coletados por mês na capital catarinense. Esse número corresponde a 4,49% da quantidade de lixo comum recolhido. Entre 2002 e 2008, houve um aumento de 21% na produção de lixo na cidade, sendo coletadas 10 mil toneladas por mês na baixa temporada e 14 mil toneladas nos meses de verão. Todo o lixo é depositado no aterro sanitário de Biguaçu, cidade da Grande Florianópolis.

No entanto, o que chama a atenção é o aumento da coleta de recicláveis nos últimos meses. Em janeiro o total recolhido era de 1,69%, menos do que o triplo de agora. “A quantidade de secos reciclados está na média das cidades onde é feita, mas pode ser melhorada com maiores roteiros, pontos de coleta e sensibilização da população”, afirma Gerson Konig Junior - integrante de uma cooperativa de reciclagem, parceira da COMCAP, responsável pela limpeza em Florianópolis. A meta, segundo Wilson Cancian Lopes, diretor de operações da empresa, é chegar ao índice dos países europeus que reciclam 45% do lixo produzido.

Apesar da coleta de material reciclável já ser feita há 15 anos em Florianópolis e abranger 13,7 mil quilômetros do município, muitas pessoas não separam o lixo, como Ivete Voigh: “Separo as garrafas de refrigerante e os vasilhames dos produtos de limpeza, mas no lixo da cozinha misturo embalagens com resto de alimentos”. Este procedimento, segundo Konig Junior, é um dos problemas da “política do lixo“. Não há incentivo por parte da prefeitura para se fazer a compostagem – destinar restos de alimentos ao processo de manejo que o transformaria em adubo.

Peso versus economia


O material orgânico – restos de alimentos, frutas, verduras e outros - é o que torna o lixo comum mais pesado, pois retém água. Como a prefeitura de Florianópolis paga 100 reais por tonelada para o lixo ser depositado no aterro de Biguaçú, é de interesse, tanto de moradores como do governo municipal, diminuir a tonelagem de lixo comum. Isso porque, os valores são repassados, através da Taxa do Lixo, para o IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano.

Gerson diz que a melhor alternativa para o lixo orgânico seria destiná-lo a postos de coleta, que deveriam ser instalado em vários bairros da cidade. Isso já ocorre no Horto do bairro Córrego Grande, onde o lixo orgânico é coletado e, ao ser transformado em adubo, pode retornar ao morador para o cultivo de plantas.
Já os moradores se queixam da falta de informação. “Antes eu sabia qual o dia da coleta porque ficava em casa e o via sendo recolhido”, diz Ivete Voigh. Considerando que a falta de informações pode fazer com que o lixo reciclado seja misturado ao comum, a disseminação de informações sobre dias e horários de coleta ganha importância. “Seria interessante haver um informativo ou panfleto para sabermos o que foi feito do lixo”, afirma Adriana Werlich.
Konig Junior explica que se o lixo fosse separado e, tanto o lixo reciclável quanto o orgânico, destinados ao tratamento correto, apenas o “rejeito” (basicamente guardanapo e papel higiênico) iriam para o lixão.

Conheça algumas alternativas de reaproveitamento nos links abaixo:

Óleo de cozinha

Compostagem

Dias de coleta de materiais recicláveis por bairros