A política a serviço da culturaPor Camila Ribas Você sabia que o dia cinco de novembro é marcado no calendário brasileiro como "Dia Nacional da Cultura"? Que a Unesco recomenda que os governos de países em desenvolvimento reservem a partir de 1% do orçamento para incentivo às atividades culturais? Que de acordo com o relatório de 2008 do Ministério do Planejamento, o montante repassado para o Minintério da Cultura (MinC) representa 0,45% do orçamento da União? Que todo projeto considerado relevante para o incentivo e divugação de movimentos culturais no país tem direito a financiamento do estado por meio de mais de 30 programas de incentivo? A realidade das políticas públicas de incentivo a cultura no país precisa e está sendo transformada. De acordo com o acessor parlamentar do MinC, Paulo Brum, a cultura vem ganhando cada vez mais espaço dentro das discussões políticas e é esse o momento dos movimentos culturais ganharem força. Produtores de diversos setores da cultura vêm conseguido avanços significativos no que diz respeito às políticas públicas de incentivo. A classificação tributária da produção cultural no Supersimples, o novo Sistema Nacional de Cultura (SNC), os projetos Pontos de Cultura, e Mais Cultura, o Prêmio Elisabete Anderle, o Vale-cultura e a revisão da Lei Rouanet são algumas das reformulações a nível nacional e estadual que geram oportunidades para quem trabalha diretamente com o setor e devem ser acompanhadas de perto por todos os produtores, artistas, escritores, grupos folclóricos e outros movimentos do país. O Sistema Nacional de Cultura (SNC), pretende fortalecer o setor por meio da integração e reestruturação das formas de financiamento da cultura. O Sistema está sendo formulado desde 2005 e culminará com a realização da II Conferência Nacional da cultura, que acontecerá nos dias 11 a 14 de março de 2010. O intuito da criação de um Sistema Nacional é de alcançar as movimentações culturais de cada estado e município e organizar as políticas públicas com a participação de grupos ligados a área por meio de conferências municipais, estaduais e nacionais. Já o Prêmio Elisabete Anderle, diferentemente dos Pontos de Cultura, beneficia movimentos culturais em início de atividade. Em santa Catarina, os projetos serão incentivados por meio de financiamentos que vão de dez a cem mil reais, de acordo com cada projeto. Veja aqui os catarinenses contemplados pelo Prêmio. Na visita do ministro, várias entidades entregaram uma carta apresentando as vitórias, anseios e demandas do setor cultural aqui no estado. Leia a carta na íntegra aqui. Esse financiamento faz parte da meta de investimento de 0,5% da receita bruta tanto do governo estadual quanto do federal no fundo cultural. Em cifras, isso representa cerca de 40 milhões de reais distribuídos para o estado de Santa Catarina e 857.420 milhões pelo país. Nacionalmente, o investimento em cultura cresceu quase 50% de 2003 a 2008, mas ainda representa apenas 0,45% do orçamento do Governo Federal. Hoje em dia, a maior fonte de investimentos no setor cultural ainda vem dos governos municipais. Veja no gráfico abaixo
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