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Greve na Saúde continua

A greve dos funcionários da Saúde continua no início desta semana, por tempo indeterminado. Em Santa Catarina, 14 unidades estão com as atividades paralisadas desde terça-feira da semana passada. Ainda não foi marcada nenhuma reunião com a Secretaria de Saúde para tentar uma solução para o impasse.

Durante o final de semana, a falta de atendimento nos hospitais estaduais causou superlotação na emergência do Hospital Universitário da UFSC (HU), que é federal. Doentes tiveram que dormir sobre macas e cadeiras de rodas porque não havia leitos suficientes. 

A greve continua apesar da liminar concedida na sexta-feira pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina, determinando a cessação da greve dos servidores da Saúde. O despacho prevê o retorno dos servidores à atividade e o restabelecimento do atendimento ao público em sua integralidade, sob pena de multa diária no valor de R$ 20.000,00, caso a determinação não seja cumprida. Em caso de bloqueio das entradas dos hospitais, o desembargador considerou o uso de força policial para restabelecer ordem. O Sindsaúde declarou na manhã de hoje (9) que ainda não foi informado sobre a liminar.

Na região, 95% dos ambulatórios aderiram à greve. Até o final da semana anterior, no Hospital Regional de São José, 20% dos funcionários pararam as atividades, e na Maternidade Carmela Dutra, o índice chegou 80%. A porcentagem é a mesma no Hospital Infantil Joana de Gusmão, onde o ambulatório geral está fechado. A redução das atividades diminuiu também a coleta de sangue no Hemosc. Normalmente são recolhidas de 70 a 100 bolsas por dia. No dia em que a greve começou, o índice chegou a 19 doações.

Os grevistas reivindicam o reajuste salarial de 16,76%, aumento do vale-alimentação e revisão dos casos de insalubridade. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Serviço de Saúde Privado e Público Estadual (SindSaúde), não há ainda previsão de reunião com a Secretaria da Saúde. Em seu site, o Sindicato disse que não há esforços por parte do Estado e a atitude do governo de mandar a população continuar buscando atendimento nas unidades só piora a situação.