Twitter   RSS   Facebook

 

PDF Imprimir E-mail

Informação que ajuda a salvar vidas

Por Nayara D'Alama

O desconhecimento sobre o que fazer em casos de intoxicação com produtos de limpeza, medicamentos, plantas e animais peçonhentos é cada vez mais comum nas cidades de Santa Catarina. Por este motivo, foi criado em 1984 o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIT/SC), uma parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde e a UFSC. Na sede do Centro, que fica no Hospital Universitário, um grupo de quatro pessoas faz plantões de 24 horas durante todos os dias do ano para atender ligações da população e auxiliar em casos de intoxicação.

De acordo com Marlene Zannin, professora de toxicologia da UFSC e supervisora do CIT/SC, o conhecimento do número telefônico do Centro (0800 643 5252) pode evitar idas desnecessárias a hospitais, já que parte dos casos pode ser resolvido em casa com orientação pelo telefone. "Nos Estados Unidos a maioria da população que sofre acidentes caseiros recorre a serviços como o nosso, mas aqui a maioria das chamadas são dos médicos que trabalham em emergências e postos de saúde, já que as pessoas vão diretamente para estes lugares."   

O número recebe 11 mil chamadas por ano, e a maior incidência, cerca de 30%, ocorre por ingestão incorreta de medicamentos. Em geral, são crianças menores de 4 anos que têm acesso aos remédios e os ingerem indevidamente. "Muitos confundem os medicamentos líquidos com iogurte e as cápsulas com balinhas", explica Marlene. O CIT/SC orienta os pais a tomarem cuidado ao guardar estes produtos e a mantê-los longe do alcance das crianças.

Animais peçonhentos são a segunda maior causa de intoxicação no estado. Entre os mais comuns estão aranhas, cobras, escorpiões e lagartas. A aranha marrom, conhecida por ser extremamente venenosa, é a causa mais comum dos atendimentos do Centro. A substância liberada na picada destrói as células vermelhas do sangue e pode causar anemia intensa e necrose da pele. Marlene alerta que "se o atendimento não é feito a tempo, a pessoa pode morrer."

O cuidado com o armazenamento de produtos de limpeza também é importante na prevenção de acidentes caseiros. O fato de as embalagens serem muito coloridas e parecidas entre si pode levar as pessoas a se enganarem na hora de manusear um produto. "Alguém pode se confundir e usar um veneno, por exemplo."

O contato e a ingestão de plantas tóxicas também leva à intoxicação. Muitas destas plantas são ornamentais e as pessoas as têm em casa, mas desconhecem os riscos de um possível envenenamento. Marlene explica que já foram mil casos de intoxicação pela conhecida "Comigo Ningém Pode", e na maioria dos casos são crianças, porque estas plantas soltam uma substância leitosa as atraem.

O CIT/SC está mostrando suas atividades no estande número 30 da 8ª Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão da UFSC (SEPEX), em frente à Reitoria da universidade. O Centro trouxe amostras de plantas, animais peçonhentos e produtos para exposição à comunidade. O objetivo é divulgar o trabalho do grupo e orientar as pessoas sobre o que fazer em casos de intoxicação. 

O número para atendimento em casos de intoxicação é 0800 643 5252.

Veja as fotos do estande do CIT/SC na 8ª SEPEX: (Clique nas fotos para ampliá-las)

"Get the Flash Player" "to see this gallery."
 

Acompanhe a cobertura da 8ª SEPEX no site do cotidiano.