Twitter   RSS   Facebook

 

PDF Imprimir E-mail
Ter, 13 de Outubro de 2009 11:42

EPI FLORIPA

Por Laryssa D'Alama

Dados do IBGE revelam que 11% da população de Florianópolis, ou seja, 44.460 pessoas, está com 60 anos ou mais. Com o objetivo de investigar a qualidade de vida dos idosos da capital, o Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da UFSC está realizando um estudo epidemiológico em Florianópolis, o EPI FLORIPA, que entrevistará duas mil pessoas. A pesquisa, que é financiada pelo Cnpq e coordenada pela professora Eleonora d'Orsi, foi iniciada no dia 25 de agosto e a análise deve durar três meses.

Durante a visita o idoso responderá a um questionário sobre suas condições de vida, características socioeconômicas (como renda, escolaridade e ocupação), uso de serviços de saúde, fatores de risco e comportamentos.  Na ocasião também serão feitas medições físicas, como pressão arterial, peso, estatura, perímetro da cintura e da panturrilha. O questionário tem, ainda, perguntas específicas sobre depressão, memória, capacidade funcional e quedas.

De acordo com Eleonora, vários fatores influenciam na qualidade de vida e envelhecimento das pessoas. “Se temos, por exemplo, uma pessoa com três problemas de saúde ao mesmo tempo, mas que tem uma vida ativa, condições de fazer um bom tratamento e suporte familiar, ela pode ter um bom envelhecimento.”

Para que as informações coletadas representem todas as condições socioeconômicas, 83 setores censitários dentre os 420 em que a cidade é dividida por critérios do IBGE receberão as entrevistadoras. “Florianópolis tem uma população idosa bastante ativa, que conta com programas voltados para este público, como o NETI da UFSC e ações da prefeitura. Porém, esses programas não atingem todas as pessoas de maneira igual”, explica Eleonora. “É necessário ver onde essas pessoas estão, para atingi-las também.”

O estudo ainda não apresentou nenhum resultado e a previsão é que os dados sejam coletados até dezembro deste ano. “Eles deverão ser divulgados para a sociedade da forma mais ampla possível. Poderão ser usados em relatórios, palestras, artigos acadêmicos, e também serão disponibilizados para órgãos públicos e para a imprensa em geral.”

Leia também sobre o Núcleo de Estudos da Terceira Idade - NETI