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País de idosos

Por Laryssa D'Alama e
      Nayara D'Alama

A população brasileira está envelhecendo. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que os idosos brasileiros, que em 1950 representavam 4,23% da população, chegaram a 11,1% em 2008, o equivalente a  21 milhões de pessoas. A perspectiva é que este número cresça cada vez mais, prejudique a Previdência Social e aumente o estudos para a melhoria da qualidade de vida da terceira idade.

A queda rápida da taxa de fecundidade nas últimas décadas é uma das variáveis responsáveis pela mudança do quadro etário do país. Este índice calcula a quantidade média de filhos que uma mulher gera durante a vida. A taxa, que nos anos 60 era de 5,8 filhos por mulher, caiu para 2,3 no final dos anos 90, e deve continuar diminuindo nos próximos anos devido a fatores como uso de métodos anticoncepcionais, permanência das mulheres no mercado de trabalho e planejamento familiar.

De acordo com o professor de Geografia da População da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Alexandre Böck, a industrialização também é um dos motivos para o envelhecimento da população. O crescimento da economia nos centros urbanos deslocou uma grande massa para as cidades, onde elas tiveram maior acesso a serviços de saúde. Com isso, a expectativa de vida dos brasileiros cresceu e hoje está em 72,57 anos, quase 20 a mais do que há meio século.

A redução do número de nascimentos e o aumento da longevidade estão redesenhando a pirâmide etária brasileira. Em 1950, a pirâmide tinha a base larga, já que 41,6% da população era menor de 15 anos, e afunilava gradativamente até o topo. A previsão para 2050 é que o formato mude drasticamente: haverá retração na base (a porcentagem de jovens deve ficar em 19,9%) e aumento nas faixas etárias superiores. A longo prazo o contingente de jovens e idosos deve ficar bastante semelhante.

Böck analisa que as mudanças causarão um impacto social negativo no país, porque não foram realizadas as políticas governamentais necessárias para acompanhar as novas características do povo. A Previdência Social sofrerá um défict porque haverá mais pessoas em idade de se aposentar e um menor número de pessoas economicamente ativas para contribuir para sustentá-las. “As pessoas irão se aposentar mais tarde e com salários menores”, prevê.

Com a elevação da expectativa de vida, também cresce a proecupação com a saúde de quem vive por mais tempo. O uso de recursos para estudar e tratar doenças é essencial para propor um envelhecimento com qualidade. A UFSC apóia duas ações que têm como foco conhecer e melhorar a qualidade de vida dos idosos, o NETI e o EPI FLORIPA.

Leia sobre o NETI-  Núcleo de Estudos da Terceira Idade

Leia sobre a pesquisa EPI FLORIPA

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