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Ter, 04 de Dezembro de 2012 16:34

As dificuldades de morar muito longe de casa

UFSC oferece apoio psicológico gratuito para estrangeiros 
 
Texto: Pâmela Carbonari ( Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. )
Arte: Merlim Malacoski ( Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Viajar, conhecer novas culturas e pessoas, aprender outros idiomas e passar por experiências até então inimagináveis. Morar fora do país exige capacidade de adaptação, já avisava o escritor e diplomata mineiro, Guimarães Rosa “Quem viaja por terras estranhas, vê o que quer e o que não quer”. E para os 286 mil estrangeiros que vivem no Brasil, nem todas as expectativas de felicidade em terra tupiniquim acabam se concretizando.

Para auxiliar casos de estranhamento e dificuldade de ambientação, a Clínica Intercultural, do Curso de Psicologia da UFSC, presta atendimento psicológico gratuito para estrangeiros. O serviço é oferecido à intercambistas e à comunidade em geral, na língua natal de cada paciente. Antes das consultas, os pacientes passam por um processo de seleção que avalia o tipo e a urgência de cada caso.

A equipe que integra o projeto Clínica Intercultural é formada tanto por alunos quanto profissionais formados, e coordenados pela professora Lucienne Martins.Os atendimentos começaram no início deste ano e são realizados no Serviço de Atenção Psicológica (Sapsi), no Centro de Filosofia e Ciências Humanas(CFH). Todos os agendamentos são feitos pelo e-mail Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
  
O alemão, Leon Noah, está em Florianópolis desde agosto. Confira as impressões do estudante sobre o Brasil:
 
" Logo que desembarquei em São Paulo, me senti confuso, porque esperava que o aeroporto fosse maior, já que é a maior cidade do Brasil. Quando cheguei em Florianópolis, esperava uma cidade moderna pelas fotos do centro que havia visto. Fiquei bastante impressionado pela natureza da ilha e pelo contraste entre ricos e pobres. É incrível como a desigualdade social é um problema corriqueiro...
Em relação à relacionamentos, demorei bastante para fazer bons amigos. Mas os brasileiros são simpáticos, agradáveis e abertos, as pessoas aqui ajudaram a me adaptar.
O português ainda é uma dificuldade, porque além de ser uma língua muito difícil, algumas pessoas preferem falar inglês com os estrangeiros ao invés de nos ajudar com o idioma.
Chamou-me bastante atenção como os brasileiros gostam de outros países e de produtos importados. Também fiquei surpreso ao ver que aqui, em Florianópolis, não há uma cultura tão forte de futebol e não são muitas pessoas que gostam de dançar.
Nunca pensei que teria um nível de vida tão bom, com tantos amigos e atividades legais como aqui no Brasil!"

 Fonte: Censo IBGE 2010