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Sex, 09 de Novembro de 2012 08:37

Montagem se distancia da Inglaterra e aproxima-se da cultura oriental

A famosa peça shakespeariana se distancia da Inglaterra e aproxima-se da cultura oriental no espetáculo do Grupo Pesquisa Teatro Novo, com participação do grupo Taiko Schimadaico, que sobe ao palco no Teatro Pedro Ivo nos dias 13 e 14 de novembro, às 21 horas. O texto foi traduzido pelo professor de Literatura da Língua Inglesa da UFSC, José O’Shea, e tem direção geral e de produção da diretora de teatro do Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC, Carmen Fossari. A versão primeiro in quarto não havia sido apresentada no Brasil antes.

A peça é inspirada no teatro oriental. Segundo a diretora, o uso da linguagem cênica do oriente é um recurso para distanciar a cena e ter como efeito a aproximação o foco dramático. O figurino é inspirado no período Edo, com apenas alguns figurinos shakesperianos. O cenário mantém os objetos das montagens tradicionais, como a caveira, mas traz também objetos da cultura nipônica, como 25 leques.

Para seguir essas linhas teatrais e culturais foram necessários dois anos e meio de pesquisa, que tiveram assessoria da professora da UFSC , Maria Amélia Dieckie, sobre cultura e arte no Japão, e de Alice Yumi, sobre gestualidade, a linguagem Taiko e maquiagem. A preparação corporal levou um ano e foi comandada pela professora indicada pela Associação Nipocatarinense, Fernanda Manhães.

Nesta tradução de O’Shea, a dramaturgia é focada para a ação dramática, com trechos tanto em prosa quanto em verso. No texto percebe-se o Shakespeare ator e diretor de teatro, com indicações sobre o universo do fazer teatral.

No palco estará presente a dança japonesa, com uso de leques e sombrinhas. Os figurinos assumem uma dimensão de ritual, sintetizando as linguagens oriental e ocidental.

A diretora da peça

Carmen Fossari é coordenadora da Oficina Permanente de Teatro (OPT) e do Grupo Pesquisa Teatro Novo do Departamento Artístico Cultural da UFSC e diretora artística do Grupo Pesquisa Teatro Novo da UFSC. Dramaturga, atriz, poetisa, membro da ACLA (Academia Catarinense de Letras e Artes). Em seu currículo constam mais de 70 direções e produções teatrais, apresentações representando o país  na Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Colômbia, México, Porto Rico, e Portugal.

Este ano lançou seu segundo livro de poesias, Lua Palavra Nua, na 22ª Feira Internacional do Livro de São Paulo. Consta do Dicionário Brasileira de Escritoras de  Nelly Novaes, no Catálogo Brasileiro de Dramaturgia de Maria Helen Kunnher(RJ) bem como do Dicionário Catarinense de Escritores.

O tradutor

José R. O’Shea é bacharel pela University of Texas, mestre em Literatura pela American University e PhD em Literatura Inglesa e Norte Americana pela University of North Carolina. Na condição de “research fellow”, realizou estágios de pós-doutoramento no Shakespeare Institute-University of Birmingham, na University of Exeter e na Folger Shakespeare Library. Ingressou no quadro de docentes da Universidade Federal de Santa Catarina em 1990, onde é professor titular desde 1993. Atua em pesquisa, orientação e ensino na área de Literatura de Língua Inglesa, principalmente nos seguintes temas: Shakespeare, Performance e Tradução Literária. É pesquisador do CNPq desde meados dos anos 90, com projeto que contempla traduções em verso e anotadas da dramaturgia shakespeariana, com cinco de tais traduções já publicadas e uma em fase de revisão.

O Grupo Pesquisa Teatro Novo (GPTN)

Criado no ano de 1976, o grupo atua desde então  à frente da comunidade catarinense, trabalhando com espetáculos de Teatro de Rua, Bonecos e encenações em casas de espetáculos e espaços alternativos.No currículo constam montagens realizadas e prêmios conquistados em diversos festivais, em nível estadual, nacional e internacional. Com estas participações trouxe ao Brasil o I Entepola (Encontro de Teatro Popular Latino Americano) realizado em Florianópolis em 1996.

A partir de 1995, o grupo passou a integrar o CLATP – Circuito Latino-Americano de Teatro Popular. Neste sentido, o GPTN já realizou oficinas no México, Paraguai e Chile, e recebeu oficineiros do Peru, Argentina, Chile e Uruguai. O Grupo Pesquisa realizou a gestão do projeto junto ao INACEN – Instituto Nacional de Artes Cênicas (RJ), em  1979, que resultou na criação do Teatro da UFSC.

Já fez oito temporadas teatrais pelo Chile e esteve atuando com seu repertório ainda em Porto Rico, Argentina, Paraguai e México. Desde a sua criação, o Grupo Pesquisa tem a direção artística de Carmen Fossari. Ao todo, já foram produzidos mais de 70 espetáculos nos diversos gêneros teatrais.

Sinopse

A peça, situada na Dinamarca, reconta a história de como o Príncipe Hamlet tenta vingar a morte de seu pai Hamlet, o rei, executando seu tio Cláudio, que o envenenou e em seguida tomou o trono casando-se com a mãe de Hamlet. O texto de William Shakespeare traça um mapa do curso de vida e explora temas como a traição, vingança, incesto, corrupção e moralidade.

 

SERVIÇO

O QUÊ: Peça Hamlet in quarto

QUANDO: dias 13 e 14, às 21 horas

ONDE: Teatro Pedro Ivo

QUANTO: R$ 20. Estudantes têm direito a meia-entrada (R$ 10) mediante comprovante.

CONTATO: Diretora-geral do espetáculo – Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher.

Mais informações acesse www.hamletnokabuki.blogspot.com

www.carmenfossari-armazemdapalavra.blogspot.com

FONTE: Agecom/UFSC