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Qui, 08 de Novembro de 2012 13:47

1 milhão de laudos online

Sistema via web diminui em 50% o tempo de espera para recebimento de resultados

Texto: Ediane Mattos (  Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.  ) 

Arte: Mariana Moreira ( Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. )

Fotos: LACEN

Sistema Catarinense de Telemedicina atinge 1 milhão de emissões de laudos online aos centros de saúdes dos municípios de Santa Catarina. O índice alcançado pelo Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), órgão responsável pelas emissões, representa rapidez no tempo de acesso aos laudos e redução de custos.

Integrado à Telemedicina desde 2008, o LACEN trouxe agilidade no processo de entrega de resultados dos exames. Antes, os laudos eram feitos em Florianópolis e enviados pelo correio para os municípios do estado e os profissionais de saúde  aguardavam, em média, mais de um mês para ter acesso a um exame. Hoje, com o acesso via sistema pelas vigilâncias epidemiológicas de cada cidade esperam no máximo 15 dias.


“O LACEN não atende ao cidadão diretamente. As secretarias municipais de saúde é que são os nossos clientes. Na realidade, o paciente precisa da referência de um profissional. Uma pessoa procura o posto de saúde (PS), faz um exame, o PS colhe o material e  nos envia. Depois esse resultado volta para o médico, volta para o serviço. Quem acessa o laudo, via internet, é a prefeitura do município através de pessoas autorizadas, mediante termo de confidencialidade”, explica o diretor do LACEN, Gilberto Alves.

Mesmo com o avanço na emissão de laudos on line, o Laboratório não emite todos os laudos dessa maneira. Resultado de exames como o de HIV, por exemplo, é uma das raras exceções. Esse ainda é emitido da maneira antiga, via correio,  porque o Ministério da Saúde não autoriza, por questão de confidencialidade, emitir via web. “Estamos tentando negociar uma maneira de que o Ministério autorize mediante a assinatura do autor e senha para o médico. Eles estão analisando”, informa Alves.  


Telemedicina
Laudos à distância de eletrocardiogramas e exames de análises clínicas e de alta complexidade, como tomografia computadorizada e ressonância magnética são alguns dos serviços realizados através do sistema de telemedicina, que consiste no uso da tecnologia para possibilitar cuidados à saúde nas situações em que a distância é um fator crítico.

Os exames, realizados em uma cidade, são imediatamente disponibilizados para serem analisados por especialistas, que podem estar a quilometros de distância, acabando com a limitação geográfica. Após o laudo, o resultado pode ser visualizado pelo médico e pelo próprio paciente na cidade de origem. Além de diminuir o tempo de acesso aos exames, reduz o custos e evita o deslocamento desnecessário de pacientes para grandes centros.

E caso o exame exija uma segunda opinião médica, o paciente não precisa viajar para outro  local em busca de consulta. O próprio médico dele, através de recursos de informática, conversa com outro profissional para debater o caso. Isso também permite a troca de informações em tempo real entre os usuários do sistema.

A distância entre o tempo de diagnóstico e o tratamento diminui, o que aumenta a rapidez e a eficiência dos serviços médicos.

Estima-se que desde a implantação do Sistema Catarinense de Telemedicina, em 2005, os pacientes deixaram de viajar mais de 13 milhões de quilômetros e mais de um milhão de exames de análises clínicas foram realizados nos 287 municípios que aderiram ao Sistema.

A telemedicina está associada a planos estratégicos que incluem um processo de logística de distribuição de serviços de saúde e soluções de dificuldades na área da saúde como recursos escassos, distribuição irregular, grandes distâncias entre os centros de excelência em medicina e os locais mais carentes, principalmente nas localidades onde os serviços são precários.

A infraestrutura tecnológica foi toda desenvolvida em Santa Catarina pelo Instituto Nacional para a Convergência Digital (INCoD), parte do Departamento de Informática e Estatística, do Centro Tecnológico da UFSC. Por ser baseada em software livre, não depende de nenhum tipo de produto comercial, e é totalmente integrada aos processos do SUS e passível de ser adaptada e estendida de acordo com as necessidades do Gestor de Saúde.

O projeto é coordenado pelo INCoD, em parceria com HU/UFSC, Secretaria de Estado da Saúde, Escola de Saúde Pública do Estado e Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS).