Dom, 24 de Junho de 2012 17:02 |
Número de seguranças é insuficienteTexto: Ediane Mattos ( Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ) e Laís Souza ( Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. ) Fotos e Infografia: Laís Souza
A falta de efetivo concursado para cuidar de aproximadamente 40 mil pessoas que circulam pela UFSC diariamente e fazer a segurança patrimonial é a principal causa do problema. A contratação de terceirizados não surte grande efeito e o número de seguranças concursados só vem diminuindo. De acordo com o chefe do DESEG, Leandro Oliveira, não há concurso público para novas contratações há quase duas décadas. “Em 1994 eram aproximadamente 220 seguranças concursados, hoje são apenas 60. Não tem concursos desde 1992”. Sem concurso, o problema se agrava cada vez que um servidor se aposenta, pois ninguém é chamado para ocupar a vaga. Atualmente, 165 seguranças terceirizados, espalhados pelo campi, dão apoio aos concursados.
Outro problema identificado pelo chefe do DESEG é “que não adianta melhorar a segurança interna, protegermos a comunidade universitária e o aluno sair da UFSC e ser assaltado na rótula. Isso já aconteceu, mas já diminui bastante. Hoje, praticamente todos os dias tem um policial militar na entrada do campus. Resultado de uma conversa do antigo reitor com os comandantes da Polícia Militar da Academia de Polícia Militar. São esses alunos que fazem o policiamento aqui”. Para o delegado do Departamento de Investigações sobre Crime Organizado (DEIC), Renato Hendges, “esse sistema de monitorar as saídas dos alunos e o entorno da UFSC é válido, mas é preciso fazer um planejamento estratégico. Primeiro, através da área da inteligência, localizar os pontos de risco , e concentrar nesses pontos, o pessoal da área de segurança. Fica difícil para segurança identificar alguém fazendo vigia nas entradas, onde todo mundo passa como se fosse estudante. É preciso fazer uma proteção planejada, dentro de um perímetro onde pode haver riscos de ataques, de furtos”. Hendges explica que “esse problema ocorre em todas as áreas da sociedade, falta professor, falta policial. A criminalidade cresce proporcionalmente com a sociedade e infelizmente os nossos órgãos encarregados da segurança não estão acompanhando esse crescimento.” Os riscos da abordagem também dificultam a ação, já que em alguns casos os criminosos estão armados. “Esse pessoal precisa estar munido de armas não letais como tasers (armas de eletrochoques), com balas de borrachas, com bombas de efeito moral para que impeçam a ação desses marginais”, defende Hendges. Este ano, o pessoal da segurança da UFSC passou a trabalhar com pistolas elétricas. Foram compradas pela UFSC 11 tasers e 18 servidores foram capacitados para usá-las. Em casos envolvendo armas de fogo o DESEG conta com a colaboração da Polícia Militar.
Festas - O bode expiatório Um assunto que divide opiniões entre estudantes e Universidade é a proibição das festas. No ano passado ocorreram 70 festas oficialmente permitidas. Nesses eventos há um intenso tráfico de drogas, segundo o chefe do DESEG, Leandro Oliveira. Porém, nos últimos três anos não houve registro de apreensão que classifique o portador como traficante. Ele explica que “o mais comum é o tráfico formiguinha, onde há vários vendedores na mesma festa, todos com pequenas quantidades de drogas ilícitas”. De acordo com o Ouvidor da UFSC, Arnaldo Podestá Junior, “hoje, o maior problema que estamos tendo são ocorrências relacionadas às festas. Os crimes de assaltos ocorrem em sua grande maioria durante esses eventos”.
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