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Universidade sem trânsito

Texto por Adriana Zanchet
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Infográfico por Milena Lumini e Thiago Moreno
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Todos os dias 37,5 mil estudantes, professores e servidores passam pelo campus da UFSC e, muitos deles buscam vagas para estacionar o carro ou moto. Para eles existem pouco mais de 4 mil vagas disponíveis. Com essa limitação, muitas vezes é necessário estacionar em local proíbido.  “O pessoal estaciona em qualquer lugar”, comenta Lorivaldo Pierri, prefeito da Campus.” O tráfego de veículos não influencia apenas no dentro da UFSC,  nos arredores o trãnsito é caótico: circulam por dia cerca de 37 mil veículos na rua Deputado Antonio Edu Vieira, ao lado dos centros CTC e CDS da universidade.
 
Para resolver os problemas de engarrafamentos que ocorrem geralmente nessa vias, a Secretaria Municipal de Obras de Florianópolis fez, em 2004, um projeto para melhorar o fluxo de trânsito nos bairros Pantanal e Carvoeira. Uma das propostas é o alargamento e duplicação da rua Antônio Edu Vieira, que ocuparia 15 mil metros quadrados do terreno da UFSC. A via teria ciclovia, passeios, acostamentos e estações de transbordo de ônibus, além de nova pavimentação e drenagem. Outra proposta, que poderia desafogar o tráfego, é a instalação do fluxo de veículos “binário”. O sistema implantaria vias de mão única, entre as ruas Antônio Edu Vieira, a Eletrosul e Capitão Romualdo de Barros, da interseção com a Avenida Desembargador Vitor Lima até a Rua João Motta Espezim; e desta última até a rua Antônio Edu Vieira. Entenda mais no infográfico abaixo.
 
 
 
 
Comissão de planejamento
Em setembro de 2010 a universidade foi procurada pela Prefeitura de Florianópolis para discussão e cessão do terreno que iria viabilizar o projeto. Assim a UFSC , o IPUF (Instituto de Planejamento Urbano) e a PMF (Prefeitura Municipal de Florianópolis) formaram uma comissão mista para analisar o projeto de alteração das vias que cercam o Campus. Na época, foi aberto um edital de licitação para escolher a empresa que realizaria a obra. O edital foi retificado e cancelado, mas o trabalho da comissão continuou.
 
Na semana passada, a Comissão da UFSC, formada professores João Carlos dos Santos Fagundes, Lenise Grando Goldner e pelo arquiteto Luiz Antonio Zenni, apresentou à comunidade universitária o Relatório e o Parecer das Melhorias Sistema Viário no entorno da UFSC . Novas alternativas para o problema foram apresentadas e a comissão ainda ouviu as contribuições do público presente no debate. 
Entre as novas propostas estão o fechamento da rua Delfino Conti, reformulação das alças de acessos à UFSC, implantação de ciclovias em todo perímetro do campus e no trecho entre a Eletrosul e o Armazém Vieira, colocação de esquadrias bloqueadoras de ruídos nos prédios próximos à rua Antônio Edu Vieira, entre outras.
 
Uma das principais críticas da comissão é que o projeto seria uma solução de curto prazo. Para tornar-se viável a prefeitura deveria apresentar mais estudos como: uma pesquisa de origem e destino, em que seria analisado o fluxo de pessoas que passam pela região; outro estudo sobre a expectativa de esgotamento da capacidade do trânsito; e, por fim, a análise de como as obras afetariam o sistema de mobilidade municipal e regional. “O projeto deveria priorizar uma solução a longo prazo”, assinala a Presidente do Conselho Comunitário do Pantanal, Albertina de Souza.
 
No final do debate, o vice-reitor da UFSC Carlos Alberto Justo da Silva sugeriu que todos deveriam apresentar sugestões para melhorias do projeto e propostas para o trânsito no site da campanha “Pare! Não me atropele!”. Propôs também a criação de uma oficina para aumentar a ánalise da situação formada pelos membros da atual comissão da UFSC, servidores e alunos.